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Economia circular implica em novos modelos de negócios

22/10/2019

“Até 2050, a população vai crescer 25%. No entanto, o crescimento de resíduos será de 70%, no mesmo período. O resíduo virou um problema do modelo atual”. O alerta é de Beatriz Luz, fundadora da Exchange 4 Change, durante apresentação no painel "Sustentabilidade 360, da criação ao consumo/descarte", no Congresso Internacional Abit. Ela reforçou a necessidade de discutir as novas formas de produzir, consumir e se relacionar apresentando casos de empresas nacionais e internacionais que já desenvolvem ações de reciclagem de produtos. “Temos que repensar os modelos de negócios. Precisamos rever a matéria-prima que estamos usando e qual impacto que estamos deixando para trás”, acrescenta.

Marcia Costa, vice-presidente de Gente & Gestão da C&A, afirma: “a gente quer ter uma moda com impacto positivo”. A partir desse ponto de vista, a empresa tem investido em ações de economia circular, como o uso de materiais seguros, energia renovável, cuidado com a água, processo justo com as pessoas envolvidas, entre outros fatores. “Já comercializamos os nossos dois primeiros produtos C2C, sem alteração do valor de venda: camiseta e calça jeans. Começamos pela camiseta básica e acreditamos que o futuro a gente começa a construir agora, mesmo que não seja perfeito”.

Taise Beduschi, gerente de Sustentabilidade e Qualidade da Malwee, também integrou o terceiro e último painel do dia. A empresa, que tem sede em Jaraguá do Sul (SC), 50 anos de mercado e oito marcas, apresentou seu plano de sustentabilidade 2020. “Nele está a redução de 61% na geração de resíduos, tingimento neon com 98% menos água, 100 % de fornecedores auditados e campanhas de engajamento do consumidor”, ressalta. Ela informou, ainda, que a empresa lançou a “Moda do Bem” - coleção cápsula com 13 modelos desenvolvidos em malha pet, algodão desfibrado, amaciante de uva e cupuaçu, entre outros.