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Circularidade estendida: como adotar o conceito em uma produção sustentável

04/11/2020

A “Circularidade estendida — da produção ao consumo” foi o tema que encerrou o primeiro dia do IntegrAbit. Gabriela Mazepa, fundadora e diretora criativa do Re-roupa, apresentou conceitos do projeto, que atua com upcycling aliado à moda.

“O que pode ser feito com roupas é o principal foco do nosso trabalho. Nos entendemos mais como uma vertente educacional do que marca”, afirma Mazepa. Desta forma, a empresa funciona com oficinas de criação itinerantes por todo o Brasil, inclusive atendendo a comunidades e grifes, e também com a venda de peças com design autoral.

Javier Goyeneche, fundador da Ecoalf, trouxe o case da companhia que atua de forma prática na retirada de resíduos do meio ambiente e na remanufatura dos mesmos em novas peças. A Ecoalf possui em seu portfólio de produtos mais de 400 tecidos reciclados feitos com redes de pesca, algodão, garrafas plásticas, borras de café, entre outros.

“Não interessa só tirar o lixo do fundo do mar, necessitamos reciclar. Se não, estamos tirando apenas de um lugar para outro. Geralmente retirarmos e produzimos no mesmo país, gerando renda e empregos”, destacou o executivo.

O Núcleo de Sustentabilidade e Economia Circular do Senai Cetiqt (NuSec) tem como objetivo tornar o conhecimento à sustentabilidade mais democrático. Victoria Santos, pesquisadora do Núcleo explicou os conceitos deste tipo de lógica mercantil e como pode ser favorável na geração de renda e, principalmente, sustentabilidade. “A colaboração é o cerne da economia circular. Não se faz economia circular sozinho. É importante a integração entre vários atores, como indústria, academia, consumidores, entre outros”, enfatizou.

O NuSec tem promovido cursos para tornar cada vez mais estreita a relação das indústrias com a Economia Circular. Além disso, no dia 25 de novembro será lançado o primeiro relatório de sustentabilidade sobre as empresas no Brasil.