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Millennials têm consciência de compra de moda definida

18/10/2017

Representatividade, transparência, conectividade, storytelling. Estas são algumas das palavras-chave que vêm sendo comentadas constantemente em redes sociais, nas conversas pelas ruas, nas propagandas e até mesmo nos discursos políticos. Mas o que será que realmente os consumidores esperam das marcas e até mesmo da indústria? O último painel da 33ª edição da IAF World Fashion Convention, realizado em 18 de outubro, contou com uma dinâmica diferente para tratar do assunto. Seis potenciais clientes de moda foram convidados pela consultora de moda, Renata Abranchs, a subir ao palco e tomar o local de fala.

A roda de conversa abordou pontos como transparência, novas maneiras de compra e representatividade. Além de apresentar dados instigantes, os consumidores foram questionados sobre suas intenções de compras para trazer uma experiência mais próxima da realidade das pessoas.

“É realmente essencial que as empresas se comuniquem de maneira honesta, pois a confiança e a geração de bem-estar fazem muita diferença”, afirmou Renata Abranchs.

Daniel Kalleb, Juliana Prata, Lara Espinoza, Lorenzo Cavichioni, Luma Nascimento e Adriana (convidada durante a apresentação) são millennials e têm particular interesse em moda. Desta forma, eles responderam questões sobre como se sentem tratados pelas grifes deste setor.

“Não me sinto totalmente representada hoje, mas acredito que as coisas estão melhorando”, relevou Luma.

“Eu era mais consumista. Hoje penso mais antes de comprar tudo o que quero. A única que peça gasto muito é com meia. Sou compulsivo por meias”, disse Lorenzo.

Já para Juliana Prata, é difícil ainda confiar em uma marca. “Depois de ver uma série com blogueiros noruegueses que viram a produção de peças no Camboja, passei a me importar mais de onde vêm minhas roupas. Olho as etiquetas, mas ainda acho complicado saber a verdade”.

Esta é uma questão que também está nas mãos dos compradores na opinião de Daniel. “Quando surge um caso de trabalho escravo, os internautas vão às redes sociais e pressionam as empresas por condições melhores”.

Lara fez coro. “Trabalho com uma marca de acessórios e pude acompanhar processos de fabricação de perto. Hoje tento ao máximo entender de onde veio o que compro. Também pesquiso a cultura da empresa em relação aos funcionários”.

Adriana acredita que é possível conciliar consumo e sustentabilidade sem problema algum. “Sou muito consumista, tenho mais de 80 pares de sapato. Mas por outro lado, acho que é muito necessário pensar em transparência e sustentabilidade”.

Enriquecendo ainda mais o debate, foi feita uma pesquisa eletrônica de respostas instantâneas com os congressistas para saber a relação dos mesmos com as questões apresentadas pelos convidados e pela facilitadora.

Seguem alguns dos resultados:

O quanto sua empresa está envolvida com a transparência dos processos:

 

Legenda

13%  ainda não pensou no assunto

25% está começando

40% está aprendendo e agindo

21% estão engajados com o tema

 

*Crédito de imagem: Guilherme Taboada