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Estilo para todos: Secretaria Paulista revela vencedores do Moda Inclusiva 2018

11/12/2018

Foi realizado no dia 28 de novembro, o desfile dos finalistas do 10º Concurso de Moda Inclusiva. A iniciativa é realizada pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo. A ideia é criar peças que sejam uteis para esse público e tenham estilo e apresentem inovação ao mesmo tempo. Ao todo foram 20 participantes, entre estudantes de cursos técnicos, universitários, alunos de cursos livres e profissionais da área, para apresentarem criações voltadas para acessibilidade, funcionalidade e inclusão social.

Sarah Dergham e Marcio Minoru Ueno empataram em primeiro lugar nessa 10ª edição. Deise Campos da Cruz, Eligolande Furtado, Íguia Telita Medeiros Lima e Priscila Aparecida Cipriani Pereira conquistaram o segundo prêmio, enquanto Evlin Mey, Katia Monique Toledo José dividiram a terceira colocação.

O paulista Marcio Minoru Ueno, um dos premiados em primeiro lugar, chamou atenção pela funcionalidade da criação e pelos recursos high-tech utilizados. O estilista, do Centro de Tecnologia e Inovação, pesquisou 300 pessoas com diferentes deficiências, para a concepção de um look que atendesse a diferentes corpos e necessidades. O resultado foi um wearable, uma roupa inteligente programada para monitorar as funções vitais do usuário. Através de sensores integrados no tecido, o dispositivo detecta febre, arritmia cardíaca, urina na fralda ou obstáculo físico e envia uma mensagem de alerta para o smartphone do próprio usuário ou cuidador responsável. A tecnologia permite que o usuário/cuidador acesse os sensores em qualquer lugar e hora.

A peça é fácil de ser vestida, tem bolsos multiusos internos, dupla face e possui etiqueta em braile e QR Code com acesso a áudiodescrição e texto sobre a funcionalidade e características do produto. A vestimenta é confeccionada nos tecidos Plume e Lina II, da Vicunha – que apoia o Concurso.

“Trabalho com ONGs há muito tempo, tenho contato com vários tipos de deficiência, e vejo que muitos deficientes fazem adaptações na roupa por conta própria. Foi então que surgiu a ideia de realizar um trabalho onde eles pudessem fazer parte da produção, do processo criativo, e trazer uma visão crítica em relação à roupa. A peça une tecnologia a funcionalidade, tudo criado com e para eles”, explica Márcio. 

 

Segue a lista: 

1º Lugar:

Marco Minoru – Centro de Tecnologia e Inovação;

Sarah Dergham – Ateliê da Sarah/SENAC.

 

2º Lugar:

Priscila Aparecida Cipriani – Universidade Anhembi Morumbi;

Eligolande Furtado – Universidade Federal de Pelotas;

Deise da Cruz – Faculdade Paulista de Artes;

Íguia Telita de Medeiros – Universidade Potiguar.

 

3º Lugar:

Evlin Mey – Faculdades Integradas Coração de Jesus;

Katia Monique Toledo – Escola Panamericana de Arte e Design