Indústria 4.0: a digitalização exige mudanças de mentalidade
27/10/2021
“Indústria 4.0 no setor têxtil e de confecção: avanços e perspectivas” foi o tema abordado no primeiro painel do Congresso Internacional Abit 2021 e que foi mediado por Rafael Cervone, presidente emérito da Abit.

Sebatiaan Van de Loo, consultor da Gherzi, comentou de que forma a holding internacional tem trabalhado no sentido de combinar digitalmente diferentes fases da produção na indústria têxtil e de confecção. “O período de pandemia acelerou diversos processos, foi uma grande lição toda a situação da Covid”, disse. A indústria 4.0, segundo ele, traz muitos desafios. “Temos que pensar de forma global, é importante conectar parceiros, trabalhar próximo aos consumidores. A estrada da digitalização exige planejamento e treinamento. É necessário mudar a mentalidade para se tornar digital”. Em sua apresentação, Van de Loo apresentou cases de sucesso de empresas que trabalharam digitalmente durante a pandemia na Alemanha, com o uso de ferramentas que facilitam o fluxo de produção.

O painel também contou com a participação de Thais Bryan, gerente geral de Qualidade e Processo da Vicunha, que apresentou os principais processos e sistemas que a empresa tem adotado. “A visão da Vicunha de uma indústria 4.0 é conectar pessoas e tecnologias, é a convergência entre mentes e máquinas. É sobre crescimento e melhorias para a vida das pessoas e do planeta”, pontua. Ela destaca que os pilares da digitalização estão relacionados com menores custos de produção e velocidade para se relacionar com clientes e fornecedores, entre outros aspectos. Para a Vicunha, a indústria inteligente tem, entre os objetivos, o monitoramento dos processos em tempo real. Já a velocidade em desenvolvimento e implantação de tecnologias está na lista de desafios.

Victor Araújo, diretor de Estratégia da Provest, trouxe uma série de ferramentas e iniciativas que têm norteado as ações da empresa rumo à indústria 4.0 na prática. “É um processo gradativo, são pequenas ações que farão as empresas a avançar e, por isso, é importante mensurar o quanto estamos evoluindo, com indicadores”, observa. “Já observamos aumento da produtividade e melhor gestão da produção. Mas, mais importante do que os novos processos foi a implantação de uma cultura de inovação. A indústria 4.0 é um caminho sem volta. É o futuro”, acrescenta.
