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Vicunha Têxtil comenta sobre a mudança do mindset do setor rumo à produção sustentável

27/06/2019

O primeiro dia de atividades do Congresso Internacional Abit — que terá como tema “Fim das fronteiras: da criação ao consumo” e será realizado em Belo Horizonte, nos dias 22 e 23 de outubro, simultâneo ao Minas Trend — recebe especialistas para tratar de um assunto que não sai da pauta do setor há anos: a sustentabilidade. O painel Sustentabilidade 360, da criação ao consumo/descarte” da convenção realizada pela Abit já tem palestrantes confirmados: a vice-presidente de gente e gestão da C&A, Marcia Costa, e o diretor de omnichannel marketing e consumer experience da Adidas Brasil, Diogo Guimarães.

E para começar a debater essa temática, que durante o evento será abordada por meio de uma perspectiva do design 360, o site do Congresso Internacional Abit entrevistou Marcel Imaizumi, diretor executivo de operações e planejamento estratégico da Vicunha Têxtil, empresa engajada na implantação de mudanças e inovações na área ambiental e uma das patrocinadoras do encontro.

Para Imaizumil, nos últimos 15 anos o mundo da moda foi marcado por um grande aumento do consumo de  fast-fashion e o crescimento exacerbado de algumas regiões muito pobres do planeta. Ele acredita que as mudanças que o setor têxtil deve fazer para alcançar uma produção mais responsável no âmbito ambiental precisam acontecer em todos os elos da cadeia..

Marcel Imaizumi, diretor executivo de operações e planejamento estratégico da Vicunha Têxtil - Crédito da foto: Divulgação/Vicunha Têxtil

O diretor cita como exemplo a própria Vicunha, que inseriu uma nova cultura corporativa para mudar o mindset de todos os colaboradores envolvidos na cadeia de produção. “A organização precisa decidir ser sustentável e a partir desse princípio buscar o bem do ser humano, inclusive e principalmente dos funcionários e colaboradores que trabalham com ela”, explica. E acrescenta: “fazer o bem é ser justo, seguir todas as leis em vigor no Brasil, dar a capacitação técnica para a pessoa crescer e, se for possível, fazer a diferença na vida dos colaboradores”.

Segundo ele, para que haja uma transformação nas práticas, primeiro é necessário mudar os padrões antigos e agir da maneira que você acredita que é a mais correta e responsável. “Acima de tudo precisamos estar cientes de que vamos ter que competir com todos que não têm o mesmo compromisso com a sustentabilidade”, diz.

Marcel Imaizumi comenta ainda que se o objetivo do empresário brasileiro for ter uma cadeia produtiva mais sustentável, ecologicamente e socialmente correta ele ganha de lavada de lugar do mundo. “Basta termos a paciência de unir todos os elos e, ao mesmo tempo, achar o mercado consumidor correto”, conta .

Outra questão levantada por ele é o desafio de conseguir apresentar ao consumidor o valor agregado do produto concebido e produzido de maneira responsável, inclusive na hora do descarte: “precisamos encontrar a forma correta de comunicar com os novos consumidores do futuro e nesse quesito as empresas têm um papel fundamental no esclarecimento e na desmistificação de processos”, acrescenta.