Varejo têxtil: tecnologia para digitalização, integração, produção, venda e pesquisa
18/10/2017
Da esp. para Dir. Giuliano Donini, Matheus Fagundes, Adriana Oliveira e André Chaves
No penúltimo painel da Convenção Internacional de Moda da IAF, os impactos das novas tecnologias nas operações de varejo foram discutidas por especialistas, já na reta final do evento nesta quarta-feira (18) no Rio de Janeiro. Mediada por um grande confeccionista, Matheus Fagundes da empresa de lingerie 2 Rios, a roda de debates abordou temas como os consumidores millenius, a geração Y e Alfa. Também mostrou a revolução no varejo que a Amazon casou e ainda está causando ao implantar sua própria fábrica de roupas e na iminência de aportar no Brasil. Por fim, um verdadeiro exemplo de como a indústria deve conversar com seus canais de venda e também se aproximar do consumidor final. Abaixo, um pequeno extrato da conversa.
4 Megatendências
“ A Lectra mapeou quatro grandes tendências no mercado de moda que já estão impactando nas decisões de negócios da empresa e dos nossos clientes. São elas: a geração millenius, a digitalização dos processos, a indústria 4.0 e a China” explicou Adriana Oliveria, Gerente de Contas da Lectra. “ É importante conhecer bem essa geração que tudo é melhor quando é “do meu jeito”, pois os millenius somam mais de 2 bilhões de consumidores e é a maior geração trabalhadora da história”. A executiva da Lectra também destacou a importância da IoT (internet das coisas), da Inteligência Artificial, da disruptura da manufatura avançada onde os colaboradores deixam a cultura de “cada um no seu quadrado” da indústria 3.0 e agora são “todos juntos e misturados” da indústria 4.0. E, a atualização da China, que está saindo de um modelo de volume para uma produção de qualidade.
Amazon: parceiro ou concorrente?
E quem tem medo da Amazon? Segundo o sócio da consultoria Bain&Company, André Chaves, é preciso analisar se a Amazon será um parceiro ou um concorrente quando aportar no Brasil. Para isso, é preciso considerar o impacto de se tornar parceiro da Amazon. Quais os riscos das marcas próprias? Quais produtos? Quais categorias? Comparados com quem? Como a loja física continuará relevante? Como reconhecer os principais clientes? Entenda bem sua estrutura de compras. Faz ou não sentido ser parceiro da Amazon? E com todos esses questionamentos, o palestrante explica que os riscos existem, mas se você tiver dados de seus consumidores e saber analisá-los conseguirá responder mais facilmente todas as questões.
Um único canal para todas as marcas
Por fim, o CEO da Marisol Giuliano Donini, comunicou a nova guinada que a empresa está fazendo, unificando em um único canal todas as suas marcas, todo o CRM e a arquitetura das lojas físicas. Além disso, lançará em 30 dias sua série Lilica Ripilica na Discovery Kids. “ Esses são dois grandes movimentos que a nossa empresa está fazendo para concentrar os vários pontos de contato com nosso consumidor final, através do Clube Marisol. Contudo, nosso maior desafio é cultural, pois nosso franqueador embora tenha a ferramenta para imputar dados do consumidor, é desconfiado e acha que a indústria irá roubar os clientes e vender online” disse Donini.