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Setor têxtil e de confecção brasileiro fecha 2017 com crescimento

08/12/2017

George Vidor (à. esq) e Fernando Pimentel (à dir.) durante coletiva de imprensa da Abit transmitida ao vivo  

 

O setor têxtil e de confecção brasileiro deve fechar o ano de 2017 com faturamento de R$ 144 bilhões, um crescimento de 5,6% em relação a 2016. Além disso, a produção de vestuário chegará a 5,9 bilhões de peças, incremento de 3,5%. Já a fabricação têxtil aumentará 4,2% com 1,77 milhão de toneladas produzidas.  Os dados são da Abit, que transmitiu os dados por meio de sua coletiva de imprensa no dia 7 de dezembro. A ação foi realizada em novo formato, por meio de streaming e com a presença do renomado jornalista George Vidor, que enriqueceu o debate com o presidente da Entidade, Fernando Pimentel. Assim, jornalistas de todo o Brasil puderam acompanhar as informações ao vivo.

“Essa melhora do setor começou a se delinear no segundo semestre do ano passado. Essa evolução se deu por alguns fatores, como uma recuperação leve do consumo no segundo semestre de 2016 e uma forte substituição de importações derivada de um câmbio muito depreciado, além dos desdobramentos de processos econômicos e políticos”, destacou Fernando Pimentel, presidente da Associação.

Ainda segundo as informações divulgadas pela Abit, os investimentos do setor em 2017 chegaram a R$ 1,9 milhão e foram gerados 3,5 mil postos de trabalho, totalizando 1,48 milhão de pessoas empregadas no setor.

Em relação à balança comercial, as exportações encerram o período com 190 mil toneladas, uma queda de 5% no comparativo com ano anterior. Já as importações tiveram aumento tanto na quantidade (22%, com 1,34 mil toneladas) quanto nos valores (21%, com US$ 5,1 bilhões). A importação de vestuário aumentou em 62%, com 920 milhões de peças o que gerou US$ 1,72 bilhão.

“Um dado que nos preocupa, sem dúvida nenhuma, é o forte crescimento das importações este ano, ao contrário do ano passado. Sobretudo, as importações no vestuário. Justamente por ser o último elo da cadeia de produção, portanto, quando você importa roupa, está matando todos os elos antecedentes. É um efeito muito negativo”, afirma Pimentel.

 Perspectivas

Para 2018, a expectativa da Abit é de crescimento de 2,5% na produção de vestuário, 4% na produção têxtil e de 5% no varejo de vestuário. A Entidade também estima que o faturamento chegue a R$ 152 bilhões e que sejam investidos R$ 2,25 milhões.

A perspectiva é que 20 mil postos de trabalho sejam criados no setor em 2018. As exportações devem crescer 5% tanto em quantidade quanto em valores. As importações devem aumentar 10% em valores e 12% em quantidade; e as importações de vestuário devem ser 10% maiores em quantidade e 15% em valores.

“Estamos enxergando que este crescimento ainda merecerá análises frequentes, porque ninguém sabe como será a corrida eleitoral. As eleições terão um impacto muito grande depois de toda essa recessão”, destaca o presidente da Entidade.

Veja a apresentação na íntegra

 

*Com informações Agência Brasil