Políticas públicas e competitividade no mercado exterior marcam o encerramento do primeiro dia do Congresso Internacional Abit
29/10/2025

Encerrando o primeiro dia do 10º Congresso Internacional Abit, o Painel 4 – “Políticas Públicas, Competitividade e Mercado Internacional” reuniu representantes de instituições-chave da economia e da indústria brasileira para discutir caminhos que promovam a produtividade e ampliem a inserção internacional do setor têxtil e de confecção.
Mediado por Lilian Kaddissi, superintendente de Marketing e Negócios da Abit, o painel contou com a participação de Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp; Clara Santos, analista de negócios internacionais da ApexBrasil; Fábio Krieger, gerente nacional de Competitividade do Sebrae; e Roberto Pedreira, gerente de Monitoramento e Avaliação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

Abrindo o debate, Igor Rocha destacou os avanços e os desafios da Reforma Tributária, classificada como um passo fundamental para o aumento da competitividade brasileira. O economista ressaltou que, embora a reforma seja um avanço, ainda há um longo caminho pela frente para destravar o potencial produtivo do Brasil. “Temos que parar de normalizar algumas distorções que temos na nossa economia e que trazem um custo muito grande para nossa indústria, para esse setor que reconhecemos como setor fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país”, acrescentou.

Representando a ApexBrasil, Clara Santos apresentou as ações de fomento à competitividade e internacionalização das empresas do setor da indústria têxtil e de confecção, destacando os projetos setoriais em parceria com a Abit, que impulsionam as exportações e os investimentos. “Dentro desses projetos setoriais, a Apex apoiou mais de 141 bilhões de exportações em 2024, o que equivale a 40% das exportações brasileiras”, acrescentou Clara, elencando algumas ações como qualificação, promoção comercial e posicionamento internacional das marcas nacionais.

Em seguida, Fábio Krieger, apresentou as frentes de atuação do Sebrae na promoção da competitividade, citando o NIB como um forte ponto positivo, tendo em vista que o Brasil estava há mais de uma década sem uma política industrial. “No momento em que temos uma política industrial estratégica com prazo, com resultados a serem mensurados, o Sebrae entra como um agente para ajudar a materializar essas estratégias em algo prático e concreto para as pequenas empresas”, acrescentou. Fábio ainda pontuou a importância de construir pontes entre micro e pequenas empresas e grandes indústrias, destacando o setor da moda como uma das cadeias prioritárias da instituição, por sua relevância na geração de emprego, renda e inovação no país.

Fechando o painel, Roberto Pedreira, da ABDI, apresentou as diretrizes da agência na execução e monitoramento de políticas industriais com base em três pilares estratégicos. “A ABDI tem atuação estratégica na articulação e promoção de programas, políticas e projetos que buscam estimular as empresas a se inserirem na economia digital, se utilizarem de práticas da indústria 4.0 e também desenvolverem ações de sustentabilidade ambiental”, elencou Roberto. Ele ainda destacou que todos esses canais são direcionados ao desenvolvimento industrial que hoje se estabelece por meio de uma política pública, trazendo as diretrizes e os caminhos para esse crescimento.