Novas linhas de crédito ampliam acesso à indústria 4.0 e favorecem modernização do setor têxtil
01/09/2025
Crédito: divulgação/Delta Máquinas
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciou novas linhas de crédito para impulsionar a inovação industrial no Brasil. Entre elas, está a reabertura do sistema centralizado Inovacred, com R$ 400 milhões de recursos próprios destinados a projetos executados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e a linha Difusão Tecnológica, que disponibiliza R$ 2 bilhões para modernização de parques fabris nessas mesmas regiões.
A segunda iniciativa faz parte de um pacote de R$ 12 bilhões em crédito anunciado pelo governo federal em parceria entre a Finep e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) — que vai concentrar R$ 10 bilhões na linha Crédito Indústria 4.0. O custo máximo do financiamento é de 8,5% ao ano, resultado da combinação entre a Taxa Referencial (TR) e custos de mercado, tornando os investimentos mais acessíveis.
Na prática, a expansão do crédito também fortalece fornecedores nacionais de soluções industriais. Um exemplo é a Delta Máquinas Têxteis, de Santa Catarina, que teve parte de seu portfólio de máquinas credenciados no programa Inovacred 4.0, recentemente. Esse credenciamento facilita que clientes adquiram suas soluções e acelerem a automação e digitalização de processos no setor têxtil.
Para o CEO da Delta, Fábio Kreutzfeld, essa é uma oportunidade para o setor buscar inovação e competitividade. “A expansão das linhas de crédito da Finep representa um avanço significativo para a modernização do parque fabril brasileiro. O credenciamento nos permite apoiar nossos clientes com condições diferenciadas de financiamento, ampliando o acesso a tecnologias de ponta e fortalecendo a competitividade da indústria têxtil”, afirma. A expectativa da companhia é de que, com as novas linhas de crédito, haja um incremento de 20% nas vendas até o fim de 2025.
As medidas oferecem condições especiais para que empresas de todos os portes adotem tecnologias da indústria 4.0, como robótica, inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e automação industrial. O objetivo é reduzir desigualdades regionais e democratizar o acesso à inovação, fortalecendo a competitividade de empresas fora dos grandes centros.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a idade média do maquinário do parque fabril brasleiro é de 14 anos, o que interfere diretamente na produtividade. A expectativa é que essas linhas de crédito promovam inovação, aumento de produtividade e maior competitividade da indústria brasileira, especialmente em regiões historicamente menos atendidas.