Casa de Criadores comemora 20 anos de existência em sua 41ª edição
31/05/2017
20 anos de história na moda autoral e reconhecendo jovens talentos. Este é o legado que a Casa de Criadores imprime ao chegar a sua 41ª edição, que trouxe propostas para o Verão 2018 e aconteceu entre os dias 8 e 12 de maio, no espaço Oficina, em São Paulo (SP). Idealizada pelo jornalista André Hidalgo, a iniciativa já teve em sua passarela nomes como Marcelo Sommer, Cavalera, Ronaldo Fraga, Mário Queiroz, Juliana Jabour, João Pimenta, entre outros tantos.
Foto do desfile de Neriage por Rafaella Caniello, no Projeto Lab que também contou com ACRVO, Caroline Funke, Renata Buzzo, Rocio Canvas e Senplo
Veja um resumo do que as marcas apresentaram:
Brechó Replay e Diego Gama – O desfile performance, sob curadoria do Brechó Replay, mostrou coleção com base na moda de reuso e upcycling, onde as peças selecionadas passam pela transformação de Diego Gama que utiliza materiais não convencionais da indústria têxtil, como látex e aplicações de silicone com pedrarias e canutilhos.
Fernanco Cozendey – A coleção apresentada pelo estilista se chama AR e tem um perfume de anos 90, captando alguns hits de modelagem da década feita exclusivamente em jeans – da Vicunha, apoiadora do desfile.
Rober Dognani – O estilista apresentou coleção black total com misturas de shapes e tecidos.
Felipe Freire – As criações de Filipe Freire são construídas para pessoas inusitadas, ousadas, onde a liberdade de cada um deve ser preservada. A rebeldia que a “correntaria” carrega em sua composição completa exatamente o que Freire deseja transmitir na coleção Liberdade.
Cemfreio – Intitulada “Fogo na Babilônia”, Victor Apolinário traz pela primeira vez uma paleta de cores mais abrangente a sua marca, adicionando o magenta, o mostarda e o verde oliva na construção. Enraizado em rituais da infância do designer paulista, a coleção é uma aproximação das essências ancestrais do homem negro.
Också – Nesta nova coleção “Inominada”, a marca dos estilistas Igor e Deise busca desvelar mais uma camada da mesma narrativa que já vem investigando desde a concepção de suas primeiras peças.
Felipe Fanaia – O estilista apresentou sua coleção “AS IF”... e a descreve como “superficial, rica e socialmente bem-sucedida”, com releituras de jaquetas, parcas e vestidos nos mais variados tecidos com forte influência dos anos 90.
Tarcísio Brandão – marca de slow fashion, tem como diferencial o processo de produção detalhado que alia tecnologia ao trabalho manual com foco na divulgação do artesanato brasileiro. Seu DNA consiste da busca da identidade brasileira na moda e suas variantes.
Weider Silveiro –Pela primeira vez, a marca traz jeans numa coleção, garimpados em brechós com uma estética própria dos anos 90 e que, aqui, é reaproveitado e remodelado dentro da vontade da coleção, que vem inspirada na Espanha. Weider foi convidado pela Rhodia para, dentro de sua coleção, criar cinco looks a partir do fio Amni Soul Eco®, que possui tecnologia que permite a sua biodegradação total em menos de três anos.
Ellias Kaleb – A coleção denominada “Secreta” mergulha em seu processo artístico com estética voltada ao mundo das flores como um paraíso existente, porém distante do homem. Uma observação humana, um silêncio para ouvir melhor o parar do relógio para observar o mundo por outros aspectos que se faz necessário em tempos modernos e mecanizados.
Diego Fávaro - “Em alguns momentos da minha vida, tive que gritar por socorro psicológico. Usei cores e símbolos usados com frequência em pedidos de ajuda, tecidos confortáveis que constroem peças aconchegantes que aquecem o corpo, tecidos encerados que dão rigidez e estrutura para parcas e calças e muitos acessórios utilitários”, afirma o estilista.
Rafael Caetano – o estilista homenageou a cultura drag com códigos streetwear reinterpretados com pink, paetês, estampas coloridas e divertidas e acessórios que complementam o mood da coleção.
Alex Kazuo – o japonismo dá preferência aos materiais de descarte e tecidos de fibra orgânica no desenvolvimento das coleções. O preto continua sendo sua cor predileta e o Japão a principal referência. Os acabamentos artesanais e a vida no campo também são inspirações.
Karin Feller para DiGaspi – Para a coleção de estreia como diretora criativa da DiGaspi, Karin Feller buscou unir o que há de marcante em seu DNA, com o desejo de inovação e frescor da grande varejista.
Igor Dadona - A coleção tem como base a série “Saltimbanques”, obra do fotografo francês Lucien Clergue. Para a coleção se materializar foram usadas as imagens do arlequim e de palhaços, a beleza e felicidade sombria e duvidosa presente nestes personagens.
Ben – Em parceria com a Nickelodeon, a marca BEN, de Leandro Benites, desfilou coleção "Vontade de mar", inspirada no icônico personagem Bob Esponja e todo o universo que abrange a série animada. Benites selecionou dez, dentre trinta looks, para compor a collab ‘BEN x BOB’ para o desfile de lançamento.
Isaac Silva – O estilista baiano apresentou coleção para sua marca homônima em parceria com a digital influencer Magá Moura, em clima urbano e cheia de referências 80's e 90's, com looks total jeans, com muita representatividade feminista, negra e LGBT. Além disso, Isaac apresentou também cápsula com cinco looks desenvolvidos a partir da tecnologia a partir do Amni Soul Eco®, da Rhodia.
Fila por Der Metropol – Primeira colaboração em streetwear da Der Metropol com a Fila. A missão foi trazer elementos das duas marcas passa a passarela, utilizando minimalismo e fashionismo.
Ale Brito – o estilista trouxe uma coleção atemporal, baseada em tempos pós-apocalípticos. Ele trabalhou elementos vitais para a sobrevivência do ser humano em peças femininas e masculinas. Os tecidos são lã, gabardine, nylon e cetim.
MRTNS – a coleção é inspirada em uma mulher espiã, com mood dos anos 80. Os ombros e cava altos, além de cintura marcada, são usados para demonstrar bem a década icônica. A marca também tem parceria com a Rhodia e usou o fio Amni Soul Eco®.
Heloisa Faria - a estilista se inspirou em encontros na vida para fazer a criação. Para isso, utilizou listras para demonstrar caminhos que se cruzam, além de diferentes volumes para mostrar a individualidade de cada corpo.
*Crédito de imagens: Marcelo Soubhia/FOTOSITE