Artigo: Moda on demand e a personalização no setor

17/12/2021

Cada vez mais as empresas do setor têxtil têm aderido às práticas de ESG. Já as tecnologias diversas possibilitam a aposta do mercado no modelo on demand que propõe para as corporações a produção das peças de acordo com os pedidos, ao mesmo tempo em que permite ao consumidor a especificação e customização dos produtos que adquire.

Não tendo que produzir em grande escala, o confeccionista tem a liberdade de trabalhar sem estoque, produzindo peças exclusivas e atendendo a demandas sustentáveis que visem a preservação ambiental. Além disso, o modelo também atende a outra demanda do mercado: a quebra do padrão corporal.

O movimento não só supre o gargalo do segmento como também se apresenta como uma opção mais segura para a indústria têxtil, já que, somente após o pagamento, a peça segue o fluxo de produção. Trazendo assertividade para o negócio e diminuindo o desperdício de tempo e insumos em produtos que, talvez, nem chegassem a ser comprados.

Acompanhando a tendência, a sublimação é um modelo de destaque, que permite potencializar a produtividade por meio de demandas específicas e personalizadas. Neste processo, a impressão é feita diretamente sob os tecidos utilizando alta temperatura e tintas especiais para a fixação. Com o mercado de impressão têxtil em ascensão, estima-se que até 2023, no âmbito mundial, o segmento atinja o faturamento de US$ 3,75 bilhões, o que supera a quantia de R$ 20 bilhões, de acordo com a consultoria Smithers Pira.

A rapidez no workflow, a redução de descarte de produtos químicos, a eficiência e a agilidade do processo produtivo são algumas das vantagens ao se apostar na impressão de estampas por meio da sublimação. Sobretudo, quando alinhada à realidade do mercado, que demanda a exploração de novos recursos que possibilitem a mudança de mentalidade não só do consumidor, como também dos atores da indústria.

Artigo por Felipe Simeoni, gerente de marketing e inteligência de mercado da Global Química & Moda (foto) - crédito de imagem: GQM/Divulgação