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Abit participa da comemoração de 10 anos do Pacto contra a Precarização do Trabalho

16/12/2019

A Abit foi uma das apoiadoras das Jornadas de Comemoração dos 10 anos do Pacto contra a Precarização e pelo Trabalho Decente na Cadeia das Confecções em São Paulo, que aconteceu nos dias 2 e 3 de dezembro, na capital paulista (SP). Resultado dos esforços e debates entre sociedade civil, sindicatos, políticos e instituições públicas, o pacto foi firmado no dia 24 de julho de 2009 para um diálogo em prol da conscientização da sociedade sobre o problema do trabalho escravo e análogo à escravidão.

“Dez anos depois, a percepção permanece sendo de que somente com uma ação conjunta dos atores envolvidos, poderemos melhorar a situação do trabalho neste setor”, apontou a auditora fiscal do Trabalho, Lívia Ferreira. Ela é diretora da Delegacia Sindical do Sinait-SP, uma das entidades participantes da organização do evento. Lívia também coordena o Programa Estadual de Combate ao Trabalho Escravo da Superintendência do Trabalho, e conhece de perto esta realidade do setor.

Além do Sinait-SP, e da própria Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia, estiveram à frente dos debates a Defensoria Pública da União, o Ministério Público do Trabalho, a a ABIT, Abvtex, as ongs Missão PazInpacto e Repórter Brasil, e o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco. Também enviaram representantes o TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região), a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a AGU (Advocacia Geral da União).

Fernando Pimentel, presidente da Abit, participou de uma mesa de debates com a Abvtex para apresentar o ponto de vista da indústria, que é pressionada pela concorrência desleal deste tipo de prática. Em sua apresentação, Pimentel trouxe números do faturamento do setor e o volume de impostos pagos, além dos empregos gerados, mas destacou o que considera ser um desafio na luta contra o trabalho escravo: a fragmentação das empresas. 35% delas possui de um a 4 trabalhadores, enquanto outros 50% chegam a até 30 trabalhadores. “Toda essa desagregação dá uma grande margem para informalidade. Não queremos mais empresas, isso já temos até demais. Queremos empresas maiores em nossa cadeia produtiva”, afirmou o executivo.

Os vídeos contendo a íntegra das jornadas estão disponíveis no Facebook do Sinait-SP.

*Com informações do Sinait-SP e Repórter Brasil

 

Fernando Pimentel mostra dados do setor em relação ao trabalho