Setor têxtil e de confecção marca presença em ato que pede derrubada do veto à desoneração da folha
20/10/2020
Lideranças sindicais e representantes da indústria dos 17 setores que pedem a derrubada do veto no. 26/2020, que trata da desoneração da folha de pagamento, realizaram uma manifestação hoje (20), em Brasília. A mobilização teve início no Ministério da Economia, bloco P, com caminhada até a Praça dos Três Poderes. O intuito é conscientizar as lideranças sobre a importância do tema e pedir o apoio dos parlamentares para que o veto seja pautado e derrubado no Congresso Nacional.
A desoneração foi criada para beneficiar setores responsáveis por um grande número de empregos, como o setor têxtil e de confecção. O benefício vale até o final de 2020, e um projeto aprovado pelo Congresso sobre regras de redução de jornadas e salários incluiu a prorrogação da desoneração até o final de 2021. A medida, no entanto, foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro em julho deste ano.
Ato em Brasília pede a derrubada do veto à desoneração da Folha de Pagamento
O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu o veto com o entendimento de falta de espaço orçamentário para essa perda de receita em 2021 e por entender que a reforma tributária poderá beneficiar os setores que hoje contam com a desoneração e os demais. A reforma, porém, só deverá ser votada pelo Congresso em 2021.
A Abit está trabalhando arduamente para que a desoneração seja prorrogada, além de marcar presença no ato. “A Abit entende que é crítico. Não podemos esperar mais esta derrubada para criar um ambiente mais previsível para as empresas, para a manutenção e geração de postos de trabalho”, destaca Fernando Pimentel, presidente da Entidade.
O senador Major Olímpio (PSL-SP), membro da Frente Parlamentar Mista José Alencar para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção, também esteve na mobilização e tem se empenhado, juntamente a outros parlamentares da Frente, para que o veto seja derrubado.
"Essa desoneração para 2021 é fundamental, porque a perspectiva dos setores é que poderemos ter entre 500 mil e 1,2 milhão de novos desempregados", afirmou.