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Indústria e varejo caminham juntos na revolução industrial

01/03/2019

Na nova revolução industrial, a chamada indústria 4.0, a indústria tem que estar preparada para oferecer ao varejo o que o consumidor final quer e deseja. O assunto foi debatido na palestra Varejo Mundial: Tendências e Inovações, realizada no dia 26 de fevereiro, na FIEMG, e ministrada por Oliver Tan Oh, coordenador de Inteligência Competitiva da Abit.

Tendências do varejo mundial foi tema de palestra da Abit na FIEMG

No encontro, ele citou os avanços tecnológicos para o varejo apresentados na National Retail Federation, a maior feira de varejo do mundo, realizada em janeiro deste ano em Nova York.  “É preciso que a indústria conheça essas tecnologias, essa visão do comércio, para que ela possa se adequar dentro da cadeia produtiva do setor”, afirma Manoel Bernardes, presidente da Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios e do SINDIJOIAS.

Para o palestrante, o trabalho da indústria deve ser em conjunto com o varejo, para que ambos consigam inclusive estar um passo à frente e se antecipar às necessidades do cliente. “Não tem jeito de desenvolver separado (varejo e indústria). Uma depende da outra. E todos precisam estar preparados para que as inovações cheguem ao consumidor antes mesmo dele precisar”, analisa.

Segundo o coordenador, o varejo no Brasil é muito atuante e que lojistas conseguem trazer e desenvolver inovações, mas apesar disso o mercado precisa evoluir culturalmente. Ele cita o exemplo de países como a China, que tem uma tecnologia de varejo bastante avançada. “O consumidor chinês está mais familiarizado e tem mais facilidade com a tecnologia que o consumidor americano, que por sua vez tem mais facilidade que o brasileiro. Enquanto o e-commerce nos Estados Unidos está em torno de 20% das compras totais feitas no país, aqui no Brasil esse valor é de 5%”, observa Tan Oh.

Ele afirma que para uma mudança de paradigma no consumo é preciso evoluir em infraestrutura, tanto tecnológica quanto logística, já que o consumidor também tem que estar preparado para a tecnologia. E para isso é necessário investimento. “Investimento em tecnologia é o que vai garantir a sobrevivência do varejo, principalmente nas lojas físicas”. 

Com informações da FIEMG