IED: o momento da moda é de disrupção

21/03/2016

Em linhas gerais, o termo disrupção é usado para descrever inovações. E, de acordo com o Istituto Europeo de Design, esse é o momento em que a moda, não apenas a brasileira, se encontra. “A moda precisa se reinventar. Ter a coragem de mudar. E a moda brasileira precisa aprender a ser ainda mais internacional, ao mesmo tempo em que abraça um design com ‘as caras’ do Brasil. Tropical, precisa atuar com materiais da nossa terra e ensinar o mundo a ser feliz”, declara o diretor geral do IED, Victor Megido.

Ele defende que para que isso ocorra é necessário um trabalho sério e profundo que começa pela formação de novos empreendedores e designers. “A graduação de moda ensina o jovem não somente a criar. Ser um designer, no cenário contemporâneo, é muito mais do que isso. A boa formação em moda ensina os jovens a pensar como designer, o que significa um olhar totalmente diferenciado. Quando falamos em ‘design thinking’, estamos trabalhando com o aluno como redesenhar não somente uma roupa ou acessório, mas também um negócio e sua cadeia de valor como um todo. O que levamos a eles é uma mentalidade empreendedora, experimental, inovadora, disruptiva”, enfatiza. 

“A nossa intenção não é ficar parado no passado. Queremos levar os jovens ao futuro. A tradição é útil para sabermos quem somos. Porém, olhar para o futuro é imprescindível para poder ser protagonista e não ser atropelado pelas mudanças. Então, que sejam bem-vindas as novidades, que sejam feitos os testes de novos modelos”, acrescenta Megido.

O diretor do Istituto também chama a atenção para possíveis oportunidades mesmo em momentos de crise. “Temos como propósito o fomento da cultura do design no Brasil e fazemos isso ensinando design. Aqui (IED) o jovem aprende a não ter medo do futuro. Muito pelo contrário, ele aprende a ser protagonista. Nosso empenho está em criar uma agenda positiva na moda, para que os modelos positivos sejam sempre acessíveis e signifiquem desafios e não obstáculos".