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E-commerce cresce, mas tem barreiras na logística

21/11/2016

No comércio eletrônico, a Black Friday, que acontece tradicionalmente na última sexta-feira de novembro, foi responsável por gerar, no ano passado, R$ 1,5 bilhão em faturamento e a meta para 2016 é alcançar a marca de R$ 2 bilhões. A data só não supera o Natal em receita. No ano passado foram registrados mais de 3,1 milhões de pedidos online e nesta edição a previsão é aumentar o número em 29%, ultrapassando 4 milhões. É o que aponta o levantamento do Busca Descontos, idealizador da ação no Brasil. Porém todos esses números encontram uma barreira. De acordo com o Procon-SP um dos itens que mais gerou reclamações junto ao órgão, durante a última edição, foi o atraso na entrega das encomendas.

Para Roberto Hoffmann, CEO da SHL Logística a ação requer um planejamento estratégico para suprir o aumento da demanda, cumprir prazos de entrega e reduzir os erros e avarias na remessa. “O evento pode representar uma porta de entrada para que o consumidor conheça e continue comprando na loja futuramente. É uma oportunidade única, não só para converter vendas, mas também para captar a fidelidade de mais clientes e negligenciar o processo logístico pode colocar tudo a perder”, concluí Hoffmann.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), em 2015, a maior dificuldade para os lojistas é justamente o envio de produtos. Ainda no relatório Webshoppers 65% dos compradores levam em consideração a agilidade na resolução e a garantia de poder trocar o item, caso ocorra algum imprevisto.

O e-commerce brasileiro apresentou crescimento de 38% no faturamento de vendas no ano de 2015 comparado ao ano anterior. Mesmo com queda em relação a 2014, a categoria “Moda e Acessórios”, se manteve no topo da lista dos itens mais vendidos em volume de pedidos online, com 14%, segundo o 33ª relatório da Webshoppers (Ebit/Buscapé).