,

CFT une setores cearenses e gera R$ 25 mi em negócios

09/08/2018

A terceira edição da Ceará Fashion Trade, realizada entre os dias 1 e 3 de agosto, noCentro de Eventos Ceará, registrou a marca de R$ 25 milhões entre negócios realizados e prospectados. O evento contou com o apoio institucional da Abit que, por meio do Programa Texbrasil desenvolvido em parceria com a Apex-Brasil, convidou compradores internacionais para a atração que recebeu mais de três mil pessoas. 

Desfilem também integram a agenda do CFT - crédito da imagem: divulgação/CFT

Roberta Cavalcante, diretora da Ikone Eventos e promotora da CFT2018, ressalta a importância do encontro na capital cearense. “O modelo de negócios da CFT foi planejado cuidadosamente para mostrar a moda produzida no Ceará com o que ela tem de melhor: qualidade, competitividade e inovação”, destaca. 

O presidente do Sindroupas, Lélio Matias, destaca que “a CFT nasceu da união do setor e a cada edição os laços se estreitam e se fortalecem. Esta sinergia proporciona a troca de expertises oferecendo oportunidades diferenciadas ao mercado”, descreve. Matias ainda reitera que realizar uma feira com projeção nacional e internacional é essencial para aumentar a competitividade e reposicionar o Ceará nesses mercados. “A presidência da Fiec segue firme ao lado dos seus sindicatos industriais da moda no suporte a essa ousada iniciativa”, declara. 

O presidente do Sindconfecções, Elano Guilherme também afirma “sabemos dos desafios, mas estamos plantando um novo momento no setor, no qual o foco é dar visibilidade à moda cearense, atraindo novamente o interesse dos compradores. Estamos desenvolvendo novas estratégias voltadas à venda”. 

Nesta terceira edição da CFT, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) foi protagonista, ao lado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na apresentação do evento, realizado pelo Sindconfecções-CE, Sinditêxtil-CE e do Sindroupas-CE. A CFT 2018 cresceu 35%, se comparada a edição passada, principalmente no setor de moda íntima. Houve aumento, ainda, na participação das micro e pequenas empresas apoiadas pelo Sebrae-CE. 

Foram 100 marcas participantes, de pequeno, médio e grande porte, distribuídas em 4.500m2 de feira. Entre os expositores presentes confeccionistas com atuação comercial por meio de atacado a pedido futuro, de pronta entrega e private label; indústria têxtil, de serviços e de acessórios para vestuário. Elas compreendem as categorias íntima, praia, fitness, feminina, masculina, infantil, jeans e surf, além de bolsas e calçados; têxtil e aviamentos; e, ainda, fornecedores e transportadora. Além da feira, a CFT 2018 promoveu desfiles técnicos com produtos das marcas expositores e o CFT Buzz com agenda de palestras e painéis. 

Área de expositores do CFT - crédito da imagem: divulgação/CFT

Segundo o Núcleo de Economia/Fiec, a partir de dados do MTE e IBGE, o setor do vestuário cearense emprega 43.345 pessoas, o que representa 7,1% da mão de obra nacional e, 14,1% em relação a participação na indústria local. No total são 2.560 empresas, sendo oito de grande porte, 53 médio, 313 pequeno e 2.186 micro. Assim, o Ceará ocupa a quinta colocação nacional com faturamento líquido de R$ 2.811,6 milhões. No setor têxtil, o Estado também está na quinta colocação nacional com um faturamento líquido de R$ 1.941,3 milhões, empregando 12.973 pessoas, em 267 estabelecimentos. Destes 220 são micro, 28 de pequeno, 11 médio e oito de grande porte. De acordo com dados levantados pelo IEMI/Rais, apenas o mercado de moda íntima cearense dispõe de 269 unidades produtoras, com participação de 10,6% no Brasil, o que torna o Estado o segundo maior produtor do setor, atrás apenas do Rio de Janeiro, que tem produção de 24% do total nacional. No Ceará são produzidas 97 milhões e 750 mil peças por ano com geração de 28.854 empregos.